Desenvolvimento Pessoal e Espiritual
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(Carcavelos - Reg. de Monsaraz - Moura - Viseu - Algarve)



27.10.10

Como encarar a realidade actual?

Ao ligar a televisão, o assunto principal é a discussão sobre as várias possibilidades do orçamento e a forma como cada pessoa envolvida no assunto deveria proceder.
Não costumo ver televisão por opção e falta de tempo, mas tento acompanhar e saber do que se passa no mundo de uma forma não evasiva e tranquila. Tenho consciência que sou um ser humano em evolução e que me encontro num processo de reconstrução e aproximação da minha essência, sendo necessário para isso, alimento positivo e equilibrado, de acordo com todo o cenário que me é permitido sentir e percepcionar à minha volta.

Quer queiramos quer não, dirigimo-nos para uma tomada de consciência global. Estamos a colher o que semeámos durante anos e anos, baseados na ganância e na procura desesperada de poder. Sabemos isso, e sentimos isso, no entanto, permanecemos inertes, observando e opinando.

É certo que o trabalho é, e sempre será individual, no entanto devemos ter em conta que estamos inseridos num grupo, ou sociedade, que nos habituámos a ver como referência ou protótipo de crescimento e como algo necessário ao equilibrio. Criámos uma ideia interna que tudo já está criado e que devemos seguir apenas os padrões impostos pela mesma. Procuramos um emprego, uma vida social e sonhamos com uma reforma e um resto de vida tranquilo. Amanhecemos ligados a uma vibração autómata e em estado entorpecido caminhamos para mais um dia, habituando-nos a lidar com tudo o que vai acontecendo. E sem nos apercebermos, o que foi um grande acontecimento em tempos, agora já se tornou normal, e nem paramos para entender a forma como processamos essa mesma mensagem...e continuamos...
... manifestando, dizendo piadas e acusando...

O outro dia perto do estádio Jamor vi um cartaz que dizia algo do genero 'Quando são apertados os cintos dos politicos?', e aparece em fotografias engraçadas que nos fazem sorrir pela 'ridicularidade' com que são apresentadas.
Agora avaliemos esta situação: se se trata de algo sério e que pretendemos alcançar como mudança - o aperto dos cintos dos politicos - não devemos tratar com brincadeira. O que vai acontecer é que cada pessoa que passar ali e olhar aquele cartaz, vai rir, por ser engraçado e vai esquecer da tarefa pretendida inicialmente. Como isto, o nosso país tem aos milhares, mensagens submergidas em manifestações de ego que levam ao contrário do que se pretende.

Meus amigos, é hora de abrir os olhos e aceitar a responsabilidade individual e de grupo. É hora de tomarmos medidas certas, assertivas e coerentes, de acordo com o nosso processo de crescimento conjunto.
Já se fala que não vão existir reformas daqui a 25 anos, e sabem que mais? Essa noticia é apenas uma preparação psicológica, pois acredito que são apenas alguns anos que restam para chegarmos á conclusão que não vão existir essas mesmas reformas.

É incrivel e ao mesmo tempo fascinante, a forma como lidamos com a vida e como tudo o que nos rodeia.
Apesar de começarmos a perceber que existe um potencial superior em cada um de nós, continuamos a alimentar o fio condutor que torna possível a permanência e continuidade de todo um sistema baseado em interesses individuais e de pouca partilha.

Comprei a revista Sábado para espreitar o que existia dentro do artigo 'As despesas de Sócrates durante a crise', e senti como que uma confirmação de tudo o que acredito ser a politica e o poder - interesse, interesse, interesse...

Caros amigos, ao falar neste assunto tenho consciência da minha responsabilidade, e do meu papel na sociedade. Tenho consciência e aplico no meu dia a dia, a capacidade em criar condições para sentir a vida na sua plenitude e manifestar apenas. Lidando com todas as situações que atraio e que fazem parte do meu processo.

Sei também que a verdadeira aprendizagem é permanecer imune a situações alheias e externas, adoptando uma postura de crescimento interno e consciência do EU. No entanto, existe algo que corresponde ao papel de grupo, à orientação do grupo, e isso só é possível através de uma actuação dessa forma.

Já sabemos que é necesário existir o menos positivo para percebermos o positivo. Já sabemos que todos fazem falta com o seu verdadeiro papel. Mas o tempo urge, e agora, mais do que nunca devemos ponderar o que sentimos e o que pretendemos do EU e do grupo onde esse Eu se insere.

Já sabemos que aconteça o que acontecer, a politica é baseada num sistema falido, entre quem entrar vai levar com todo o trabalho que foi semeado pelas anteriores, caindo no mesmo buraco.

Hospitais que abrem novos e continuam a adoptar formas de tratamentos semelhantes ao antigo (hospital novo de cascais que tem pacientes no corredor, com infecções respiratorias em camas e macas, segundo reportagem no jornal por um jornalista disfarçado).
Verbas que desconhecemos, usadas para festas e eventos dos politicos e actividades autarquias.
...

Para termos uma ideia, de acordo com a revista Sábado, Sócrates e a presidência do conselho de ministros, gastará em média no próximo ano:
- Gasolina » 436,7 euros por dia, um total de 159.400€ / ano
- Deslocações e estadas » 370€ por dia, total de 135.000€ / ano
- Despesas de representação - 273.792€ / ano
- Alimentação » 101.000€ anuais, 276€ por dia

Ordenados:
- vencimento bruto do 1º ministro anual (com despesas de representação) - 95.886€ - se dividirmos por 12, vai dar cerca de 7000€ mensais brutos

Na Sabádo faz-se a comparação com o vencimento anual de Zapatero, que não tem direito a despesas de representação - 78.184€ anuais brutos.
(Informações retiradas da revista sábado, artigos escritos por Vitor Matos, Ana Taborda e Maria Henrique Espada)

É estranho não acham?
No dia em que alguém decidir liderar o país e disser que vamos crescer em igualdade ou de acordo com as possibilidades do grupo, esse será o verdadeiro líder. Lembremo-nos que são estes valores, refercniados acima, como ganhos, que atraem todos os que lá se encontram.

Os descontos, as taxas e os impostos não são nada mais nada menos que o alimento para o esbanjamento que se faz na gestão económica do país.


- Como podemos construir obras em prol da cultura, que como é óbvio faz parte, se não existe dinheiro para alimentar familias? Antes dessas obras não havia cultura? (casa da música, foi uma obra, que teve uma derrapagem de custos acima doq ue era previsto)
- Como podemos armar-nos em grandes e pioneiros, construindo hospitais e espaços para na verdade obtermos fundos que depois são gastos em interesses pessoais? Na Focus pode ler-se na página 21: 'Um hospital português, comprou um equipamento médico para o bloco operatório que ficou anos sem uso, por não terem sido orçamentadas verbas para as obras e formação para os médicos')

E mesmo sabendo de tudo isto, manifestamos, fazemos greve e nem nos apercebemos que até as greves e essas manifestações são beneficios para o estado e a elite do poder politico existente no país.

Que fazer?
- Iniciar um trabalho individual coerente e sóbrio.
- Acreditar numa possibilidade diferente.
- Deixar de parte as desculpas e encarar de uma vez a situação.
- Organizarmo-nos tranquilamente e perceber o verdadeiro poder que possuímos, pois na verdade foi esse poder que usámos para escolher o que temos.

Nota final:
Ao escrever tudo isto sei que cada um terá o seu processo e o seu grau de consciência no seu tempo certo.
Sei também que devo concentrar-me no meu papel, individual e de grupo. Mas sinto o dever de escrever e manifestar pelo facto de sentir e perceber a vida de uma forma clara.

Vamos acelerar todo este processo? Vamos desde já assumir o comando?
Na partilha, na parceria, compaixão e verdadeiro amor incondicional encontra-se a nossa salvação, no sentido do equilibrio e da paz interna!
Estou pronto! E você?

Com amor e Luz
JC

2 comentários:

Je Vois La Vie en Vert disse...

Querida Joaquim,

Que belo texto ! Que bela tomada de consciência !
Antes dos portugueses saberem o que era a liberdade, eu já sabia o que era a politica, a sede do poder. Ao nível nacional, já tentei dar o meu contributo votando mas agora, francamente, já nem sei em que acreditar !
Tento então fazer o que posso a nível pessoas porque a ganância dos políticos ultrapassa-me.

Beijinhos
Verdinha

Anónimo disse...

Beijinhos querida!
Abraço apertado de muita luz e amor Divino.
JC