Desenvolvimento Pessoal e Espiritual
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21.7.10

ZenEnergy Abril 2010

«Um dia uma estrela brilhou, uma luz surgiu e Maria anunciou. O filho que tinha sido depositado no seu ventre seria o homem, o espírito, a consciência e o amor. Foi aqui que tudo começou, na história daquele que é considerado o maior Mestre dos Mestres. Maria, uma mulher virgem e humilde, foi a escolhida para trazer o mensageiro de Deus à Terra.»

Como curava Jesus?

Ainda me lembro quando frequentava a missa aos domingos, tocando viola e cantando o Pai Nosso, as lágrimas corriam, e uma sensação de plenitude inundava todo o meu ser. Ainda me lembro nas vezes que proferia a palavra Pai e, sem me aperceber na altura, a associação que fazia ao meu pai e à sua ausência. Ao olhar para Maria, mãe de Jesus, associava à minha mãe, na forma como ela me dava colo, como ela me transmitia o seu amor. Nas várias imagens católicas, fui reconhecendo o sofrimento, a entrega, e a capacidade de amar incondicionalmente, a ponto de se esquecer dela mesmo. Ao olhar para Jesus crucificado, associava à ausência de pai, do amor e da verdade. Associava, sobretudo, à tarefa, ao sentido e à punição do estado de Ser. Ao olhar para Jesus, expandindo o seu amor através do Sagrado Coração, sentia-me a mim, envolvido na necessidade de dar e receber algo grandioso e muito profundo. Hoje, entendo tudo isso!

Na verdade, Maria é sempre a mesma em todas as imagens que conhecemos na igreja católica. Torna-se diferente na imagem, de acordo com as suas manifestações energéticas ou espirituais. Através dela, procurava o entendimento em relação à minha mãe. A razão da negatividade e do lado escuro da vida, presentes no seu dia-a-dia. A razão da existência da incapacidade em se manifestar por inteiro, abdicando da sua verdade.

Através de Jesus crucificado vi a minha masculinidade, o meu ser masculino ultrajado, e a ligação à ausência do meu pai, em relação à sua manifestação afectuosa diária. Sem me aperceber, estava construindo aquilo que me possibilita hoje realizar o trabalho de cura – estabelecendo relações e ligações simbólicas que me ajudaram a compreender, a aceitar e a Ser. É óbvio que na altura não o entendemos com tanta clareza, mas o que realmente importa é conseguirmos ‘juntar as pontas soltas!’ Com isto quero dizer que ninguém cura
ninguém. Nem mesmo Jesus curava. Todo o ser humano tem condições para se curar

Na verdade, Jesus criava condições no ser humano para ele próprio atingir o patamar da cura. Não fazia sentido alguém fazer o trabalho por nós. Além de que, se escolhemos um sentido, possuímos condições para responder a tudo o que se apresenta no mesmo.

Por exemplo, se um fumador sabe que fumar prejudica a saúde e mesmo assim não reduz, ou não pára, ao desenvolver um cancro nos pulmões deve antes de procurar o milagre da cura, perceber porque se maltratou inconscientemente durante esse tempo, e isso, só mesmo isso, já lhe vai dar início ao processo de cura. Jesus usava a sua sensibilidade psíquica e mediúnica para sentir as necessidades do ser humano. Como
um ser semelhante, viu em cada pessoa que se aproximava dele um pedaço dele mesmo.
Identificando-se e tornando-se no seu confidente mais completo: ouvia, sentia e assumia a postura de observador, desligando-se emocionalmente da história da pessoa, tornando possível, desta forma, uma abordagem mais clara e sóbria. Ao acreditar nele próprio incondicionalmente, criava condições para acreditar em todo o ser humano que se aproximava. Através de uma postura confiante, verdadeira e sem interesse pessoal, Jesus criava condições no ser humano, para este se observar a si mesmo e aprender a confiar no seu Eu mais profundo.

Usando o calor ou energia do toque sábio, o olhar profundo e familiar, o abraço aconchegante e verdadeiro, o Mestre dos Mestres agia na humildade e na consciência da importância que essa pessoa ou pessoas significavam para ele, pois era através delas que ele crescia e se tornava aquilo que acreditava ser – um ser ligado ao divino e ao terreno. Na cura, Jesus não usava factores externos, pois acreditava que todo o ser humano possuía em si todas as condições para se curar. Não fazia sentido alguém escolher um determinado caminho e não possuir condições para o enfrentar!

Parte do Artigo 'O retrato do homem que acreditou nele mesmo'
Publicado na Revista ZenEnergy
Abril 2010

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